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Tenho por hábito entregar-me, sentir, falar, transbordar meus sentimentos, às vezes talvez em demasia. Talvez alguns pensem que é uma mania de excessos, ou talvez não, talvez isso aconteça, porque me entrego por inteiro e nunca por metades. Sou assim, não gosto do pouco, do quase, de metades, pois tudo isso deixa-me na dúvida, na insegurança do que não é concreto. Quando eu amo, ou gosto é por inteiro. Entrego-me de alma e coração. Amo com sentimento. Se alguém diz que me ama também tem que ser assim, por inteiro, sem metades, pois quem recebe também tem de dar… Se não for deste jeito, não adianta ficar comigo ou a meu lado. Está a perder tempo, e o tempo nunca é para desperdiçar, pois passa muito rápido, demais até. Por isso eu deixei os quase, os poucos e as metades de lado, porque cansei de amar por dois… Quer receber? Tem de dar, caso contrário siga em frente e deixe-me em paz vivendo a vida partilhada a dois e nunca a um só… ”
