Frase de Mário Pereira Gomes

Frase adicionada por Marius em 06/07/2021

Mário Pereira Gomes
Ao ler a Bíblia de forma superficial pode-se ficar com a impressão que o reino de Judá era a grande potência do Levante. Contudo, o registro arqueológico e evidências encontradas na própria Bíblia revelam a verdade por trás da propaganda dos escritores e editores do Tanakh. O reino de Judá era pequeno, pobre, militarmente fraco e escassamente povoado, enquanto que o reino de Israel era muito mais rico e poderoso. O reino de Israel realizava comércio com as cidades-estados da Fenícia, batalhava às vezes com sucesso contra os assírios e tinha uma grande população centrada na capital Samaria bem como as terras mais férteis do Levante e os principais locais de culto da religião israelita: Betel, Siquém, Dã, Siló e o Monte Gerezim. A prosperidade do reino fragilizou os laços sociais clânicos, endividou os pequenos agricultores e propiciou a formação de uma burocracia eficiente para taxar a população e obrigá-la a trabalhar em obras reais. Lembre-se aqui do episódio em que o rei Acab toma uma vinha de um súdito. A alegação de que houve uma época em que os dois reinos estavam unificados também não é verdade. O reino de Israel foi criado nas montanhas de Efraim, enquanto que o de Judá restringia-se a Hebron e depois Jerusalém. Desde o início Israel era mais próspero do que Judá de modo que não faz sentido o primeiro estar subordinado ao segundo. O mais correto é chamar Judá de chefatura e não de reino, dada sua pequenez e fraqueza, até o fim do reino de Israel que resultou na migração para o sul de milhares de refugiados da agressão assíria. As figuras de Saul, Davi e Salomão são míticas com o intuito de criar uma ideia de continuidade entre os dois reinos.

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Ao ler a Bíblia de forma superficial pode-se ficar com a impressão que o reino de Judá era a grande potência do Levante. Contudo, o registro arqueológico e evidências encontradas na própria Bíblia revelam a verdade por trás da propaganda dos escritores e editores do Tanakh. O reino de Judá era pequeno, pobre, militarmente fraco e escassamente povoado, enquanto que o reino de Israel era muito mais rico e poderoso. O reino de Israel realizava comércio com as cidades-estados da Fenícia, batalhava às vezes com sucesso contra os assírios e tinha uma grande população centrada na capital Samaria bem como as terras mais férteis do Levante e os principais locais de culto da religião israelita: Betel, Siquém, Dã, Siló e o Monte Gerezim.  A prosperidade do reino fragilizou os laços sociais clânicos, endividou os pequenos agricultores e propiciou a formação de uma burocracia eficiente para taxar a população e obrigá-la a trabalhar em obras reais. Lembre-se aqui do episódio em que o rei Acab toma uma vinha de um súdito. A alegação de que houve uma época em que os dois reinos estavam unificados também não é verdade. O reino de Israel foi criado nas montanhas de Efraim, enquanto que o de Judá restringia-se a Hebron e depois Jerusalém. Desde o início Israel era mais próspero do que Judá de modo que não faz sentido o primeiro estar subordinado ao segundo. O mais correto é chamar Judá de chefatura e não de reino, dada sua pequenez e fraqueza, até o fim do reino de Israel que resultou na migração para o sul de milhares de refugiados da agressão assíria. As figuras de Saul, Davi e Salomão são míticas com o intuito de criar uma ideia de continuidade entre os dois reinos. (Mário Pereira Gomes)
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