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Frases e Pensamentos de Ana Hatherly (40 frases)

“Os grandes erros que se cometem na vida são erros recorrentes. É mesmo essa repetição o que nos define.”

― Ana Hatherly

“O desejo é sempre uma forma de violação, o fascínio inclemente do não-acessível.”

― Ana Hatherly

“Em arte a realidade verdadeiramente possível é a que nós inventamos.”

― Ana Hatherly

“Como disse uma velha cantora argentina, com o tempo, a gente se despede lentamente das coisas conhecidas. Por isso o criador não envelhece: constantemente inventa novas imagens de abertura para espaços que não se conhecem.”

― Ana Hatherly

“A amizade é um sentimento de difícil definição. Na prática porém todos concordam que ela se traduz acima de tudo por serviços prestados.”

― Ana Hatherly

“A teimosa realidade. Na arqueologia da paisagem a viagem da escrita é abolição oblíqua, delírio provocado, lição de tentativa. Ao fim de tantos anos o desejo faz-se exílio.”

― Ana Hatherly

“A sabedoria do amor consiste na aprendizagem pelo sofrimento, do prazer nele contido.”

― Ana Hatherly

“Não medir a altura do sonho. Não medir a distância de um sorriso. Quando a espuma das ondas chega à areia qualquer coisa de irreversível acontece.”

― Ana Hatherly

“Pensar o presente conduz necessariamente ao desespero porque a vida não tem outra solução senão perpetuar-se na sua imperfeição.”

― Ana Hatherly

“O estatuto da realidade: descobrir esse doce exercício destrona a ascética parcimónia do pensar racional. Mais do que um mero crepúsculo, flexível ou determinado, o pensamento precisa de ilusão e assim a obra de arte abre-se em leque sobre o inventário do mundo.”

― Ana Hatherly

“Quem tem sentimentos acerca das coisas fica prisioneiro do tempo.”

― Ana Hatherly

“A observação do Outro: a diferença é o que nos une e separa. Quando o eu descobre o outro começa a guerrilha sem fim. O nó que se faz-desfaz. A escolha: o gelo da solidão ou a horrível queimadura da vida.”

― Ana Hatherly

“O homem invisível é uma metáfora de todas as coisas impossíveis com que sonhamos: a felicidade, o amor, o saber que nos escapa. Entre o próximo e o longínquo está o prazer que se experimenta num instante supremo mas essa plenitude está fora do nosso campo visual.”

― Ana Hatherly

“O conflito que a ordem impõe: quando se multiplicam os pontos de vista nasce a desordem.”

― Ana Hatherly

“Entre o frívolo e o trágico: a amargura do pioneiro. Depois de ter sofrido tantas humilhações por ser de vanguarda, quando chega à maturidade, o pioneiro vê os que vieram depois usufruir do que ele descobriu, ignorando-o. A consciência do real é um inútil oxímoro que morde.”

― Ana Hatherly

“Se a coacção existe é preciso combatê-la mas se não existe rapidamente é criada. Na escala dos valores o que não pende depende.”

― Ana Hatherly

“Não existe história alguma que não seja uma descrição mais ou menos completa de qualquer batalha.”

― Ana Hatherly

“Descobrindo-se, o poeta personifica, representa. Nos melhores momentos descobre o que nem sequer encoberto estava, porque o que ele faz é ver a oblíqua eloquência ou o encanto do que, sem ele, não seria.”

― Ana Hatherly

“A civilização consiste em aprendermos a fazer naturalmente tudo o que não é natural.”

― Ana Hatherly

“O próprio do prazer é não poder ser dito.”

― Ana Hatherly

“A compaixão é uma forma de ofensa.”

― Ana Hatherly

“Keats disse que uma coisa bela é uma alegria eterna. Hoje a beleza é a voz sufocada de uma perdida sabedoria.”

― Ana Hatherly

“O acto de criar é um estado de extática não-reacção a tudo o que não seja ele. Pela sua natureza explosiva exclui a multiplicidade. É total preensão. O acto criador é a ostentação de uma necessidade.”

― Ana Hatherly

“Quando o pensamento deixa de estar a ser pensado logo se transforma na parábola do faminto, no desamparo da errância.”

― Ana Hatherly

“A fraqueza absoluta é a espécie de ilusão permitida pela simulação do controlo de não agir.”

― Ana Hatherly

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Sobre o Autor:

Ana Hatherly

Ana Hatherly

Biografia: Ana Hatherly é uma professora, escritora e artista plástica portuguesa.

Frase do Dia

“Todos se dizem amigos; mas doido é quem acredita: nada há de mais banal que esse nome; nada é mais raro do que isso.”

— Jean de La Fontaine

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