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Há sempre algo sobre nós que desconhecemos, algo cuja própria existência negamos, até ser tarde de mais para remediar. É o único motivo pelo qual nos levantamos de manhã, a única razão pela qual suportamos o nosso chefe merdoso, o sangue, o suor e as lágrimas. É por querermos que os outros saibam que somos bons, atraentes, generosos, engraçados, irreverentes e espertos. Amem-me ou detestem-me mas, por favor, pensem que sou especial. Demonstramos um vício incessante, somos dependentes da aprovação. Agimos apenas pela palmada nas costas e pelo relógio de ouro, pelo raio dos elogios... Vejam só o esperto do rapaz com o crachá, a polir o troféu. Brilhem, diamantes loucos... Não passamos de macacos de fato, a implorar a aprovação dos outros. Se o soubéssemos, não o faríamos. Alguém o esconde de nós. E, se temos segunda hipóteses, perguntamos... porquê?! ”
― Revólver