Coleção de Frases e Pensamentos de Maria Luz


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Maria Luz
È mesmo verdade que as memórias são sempre as mesmas, com uma ou outra pequena diferença, mas para mim tanto são como uma bênção como ás vezes uma maldição - porque a algumas me apeguei demais e são essas que de vez em quando me fazem quase a alma desatar a chorar, porque me dói o coação só de as lembrar... A verdade é que tenho que permitir sentir e chorar para que a dor vá embora de vez e só deixe que a memória fique como memória sem dor, sem mágoa... Sinto saudades, dessas memórias, e pretendo que elas se desvaneçam, mas até aí chegar, todos os dias continuo e vou continuar a enviar-te amor para ti principalmente, mas que abrange a todos...tenho-me até aguentado bastante, porque creio que é a única ligação com os meus entes queridos... Lembro-me de todos os fins de semana que tivemos juntos e que agora são cheios de todas as memórias de todas as nossas aventuras juntos... Às vezes ajuda-me lembrar que viver com amor perdido é difícil mas viver sem amor e sem o sentir, meu coração não suporta pensar nisso...Ou se ama, ou não se ama... Tenho aprendido a deixar "voar" o peso pesado e o fardo que isso me acarreta, mas sem deixar ir as memórias e o amor que são a razão que resume minha vida que tive e com quem vivi durante muitos anos... Tento assim honrar o amor que ele, meu pai querido, minha avó paterna, me deram... Acho que é uma maneira bonita de manter o legado de alguém a funcionar porque já partiram na sua longa e infinita "viagem"!
Maria Luz
Eu sempre gostei de escrever desde que apendi as primeiras letrinhas... Adorava juntar as letras e formar palavras, depois gostava de as ler... Mais tarde aprendi a escrever e a ler melhor, e o gosto, esse prazer das letras, de as juntar formar palavras, frases incentivou-me a escrever... Ao longo da minha vida, tornou-se uma necessidade intrínseca, e faço-o até hoje, e por isso eu escrevo tudo, tudo mesmo que vivo ou sinto na minha vida, para que eu nunca o esqueça, seja bom ou mau, não me interessa... Interessa-me é escrever, escrever algo que eu sinta, que eu viva com alguém ou comigo própria, que faça sentido para mim para que eu o volte a sentir ou a viver lendo-o depois de ter ficado escrito há algum tempo ou anos atrás... Escrevo, porque escrever é reviver, viajar pelas memórias e pensamentos que são nossos e que nos deram a viver emoções e sentimentos únicos... Apesar de com a graça de Deus ter uma memória fotográfica, escrever é uma necessidade, é um verdadeiro prazer para mim... Uma felicidade enorme, por escrever como sei e consigo, com sentido ou sem ele, embora para mim tenha sempre sentido e está sempre tudo bem, e se um dia alguém me viesse a ler, sim, porque gostava de um dia realizar o meu sonho escrever um livro, não para ser famosa, mas para deixar algo meu no mundo, e que pudesse fazer algum sentido... Escrevo sempre comigo e comigo, passando para o papel as diferentes emoções do passado, libertando-me, desapegando-me , de coisas e pessoas e de ter aprendido como agir na vivência do presente , do Agora, para o futuro só escrevo, que seja feita a vontade de Deus na minha vida e que eu saiba escolher meu livre arbítrio… Escrevo sempre com toda a sinceridade que a minha alma pensa, vive e sinto… O meu prazer e amor pelo acto de escrever liberta-me senão, eu definharia completamente!
Maria Luz
Foram anos, anos seguidos... A ferida em vez de cicatrizar abria mais... Foi então que tive a Necessidade de encontrar uma saída, para o que me magoava, me fazia sofrer e sentir angústia e um vazio, que era difícil de preencher... Ficava com dores de estomago, só de saber, que tinha de lidar com a situação... Estava sempre a controlar-me para não descambar com os actos e as palavras que me eram dirigidos e se tornavam como "carvão aceso" no meu coração, na minha alma... Tudo isso me tirava a paz, o sossego, a alegria de querer estar ali, cortavam-me as asas quando eu queria voar, pois afirmavam que eu ainda não havia ganho a maturidade, a força e a coragem para as abrir e levantar voo... Eu era a diminuída, as outras a sabedoria... Eu não tinha lugar á beira de tal sabedoria... Levantei-me, olhei em redor, e vi que nunca nada iria mudar, foram tantos os anos, os esforços, a coragem de lutar pela mudança e de nada valeu, por isso, com a certeza dentro do meu coração e em silencio, sem palavras retribuir, "abri as minhas asas" e sem olhar para trás, "levantei voo," com a certeza de que não quero ter na minha vida, nada nem ninguém que me oprima o peito, me faça sentir diminuída e muito menos que me façam sentir que Não faço parte daquele circulo familiar... Mesmo quando nos dizem que temos laços, há que nunca esquecer, que os laços também se desfazem, principalmente, quando sei e vejo que dentro do meu coração, eu ainda mando e posso tirar, tudo aquilo que me fere a alma... Só permanece o que eu quero que permaneça!